quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Vive!

É... A vida é assim...
Todos um dia partimos
Nossa função terá fim
Sem fazermos o que sentimos.

O ser humano é complexo
Parece gostar de sofrer
Faz coisas sem nexo
Não faz o que dá prazer.

Nascemos, crescemos e morremos
Nossa vida é uma passagem
Porque não fazer o que queremos?
Será para manter nossa imagem?

Todo nosso tempo de vivência
Deveria ser para viver
Não para proclamar demência
E até à morte nos prender...

Vive...Olha a vida a passar
Sente...
O teu coração vibrar.

Nós temos o poder
Basta todos nós querer
Alegria dar ao nosso viver
Para não sofrer até morrer.

Não me venhas com histórias
Que a lei de Deus devemos seguir
Fale-me de boas memórias
E verás o quanto é bom sentir.

Segue a tua intuição
Não deixes nada por fazer
Fará bem a teu coração
E dar-te-á muito prazer.

Um dia irás perceber
Que talvez até tenha razão
Vais olhar para trás e ver
O que aprendeste nesta canção.

Segue...
Não tenhas medo
Vai...
Desfruta o teu segredo.

Asas de brincar

Ganhei asas para voar
E para sul me desloquei,
Por montes e vales flutuei
Até o mar avistar.

Por arrogantes gaivotas passei
Com minhas asas de brincar,
Sobre o imenso mar, a voar
Foi o que sempre sonhei.

Todos os locais sombrios que imaginei
Numa trincha peguei e os matizei
Ao som da mais bela melodia.

Ganhei asas, alcancei a coragem
Para atravessar a difícil barragem
E ultrapassar esta dura batalha…

Para ti

Ao mundo vieste tu
Frágil como uma bola de cristal
Ao mundo vieste dar
Algo mais para combater o mal...

Cresceste e jovem ficaste
Com a vontade de lutar,
Lutar pela felicidade
Lutar pela vontade de amar...

Agora que és jovem
E que sabes o valor da amizade,
Que sabes o real valor da vida
Mantém SEMPRE esse teu espírito de vontade!

Parado no tempo

Olho para o meu relógio de pulso
Vejo seus ponteiros a andar
Espero algo que me sirva de impulso
E reparo que o tempo não quer passar.

Vejo-me no meio do nada parado
O mundo, esse continua a girar
Espero um dia ser coroado
E no palco da vida brilhar.

Estou neste momento num impasse
Sinto-me como um caranguejo
Olho o espelho, não vejo minha face
Tento expressar-me, mas gaguejo.

Acordo, mais um dia pela frente
O tempo, esse continua sem passar
mesmo assim, mostro-me sorridente.

Estático, ao futuro tento rumar
Mas meu corpo parece dormente
Insisto, com minha força de amar...

Caminha

Caminha, não precisas correr.
Segue por essa estrada fora,
Aprecia toda a paisagem.
Caminha sempre e agora.

Caminha. Não pares.
A não ser para descansar.
Caminha, não olhes para trás
Continua sempre a remar.

Obstáculos te aparecerão,
Terás dúvidas, vontade de desistir.
Mas caminha, segue teu coração
E acredita! Irás conseguir...

Caminha, usa o teu poder.
Caminha e teu sonho alcançarás
Mesmo que trilhos tenhas de percorrer.

Muitas barreiras encontrarás
Algumas afastar-te vão querer...
Não deixes. Segue e lá chegarás!

Recomeçar

Recomeça...
Não fiques por aí
Tua vida não findou
A viagem ainda agora começou.

Recomeça...
Inicia uma nova etapa
Não fiques no passado
Mostra toda a tua essência
Não deixes que passe ao lado.

Recomeça...
Sempre que algo termine
Mesmo que o mundo pareça desabar,
Que todos se virem contra ti
Ou que qualquer luz consigas avistar.

Recomeça...
Sorri para a vida,
A vida te sorrirá.
Mostra-te confiante
E a confiança surgirá.

Sorri

Sorri ao Sol, sorri à Lua,
Sorri ao gato, ao cão,
Aos amigos e inimigos
E darás alegria a teu coração.

Sorri! Dança! Canta!
Mostra que sabes amar
Mesmo que te pareça difícil
Pois nada te adianta chorar.

Sorrir para quê? - Perguntas.
Poucos mostram seu sorriso.
Insiste! Sorri e te sorrirão.
Sorri! Este é o meu aviso.

Sorri! Dá asas à imaginação!
Sai para a rua sempre a sorrir,
Não sejas como eles são,

Não te deixes voltar a ferir.
Sorri! Canta a tua própria canção
E saberás como é bom a felicidade sentir.

Carta a meu avô

Alentejano meio rural, meio urbano tu eras.
Algo bem visível nalguns aspectos em ti.
A tua pronúncia, a tua serenidade e até mesmo nas vestes.
Homem honesto, trabalhador, lutador e com grande coração.
Eras tu o líder familiar, a referência de todos nós.
Ainda recordo com imensa saudade o enorme prazer que tinha em acompanhar nas viagens que fazias, nos trabalhos que executavas e até mesmo aquelas idas às tabernas tradicionais em que tomavas a tua taça de vinho.
A tua presença, a tua maneira de ser e a tua capacidade de enfrentar o futuro sempre com entusiasmo e positivismo contagiava-me e motivava-me para enfrentar a vida de uma forma saudável, realista, com segurança e acima de tudo fazia-me acreditar que poderia alcançar todos os meus sonhos.
Era eu uma pequena e ingénua criança de apenas 11 anos e tu sabia-lo perfeitamente, mesmo assim deixaste-me. Partiste, ficando eu meio perdido no mundo e um pouco desamparado.
O tempo foi passando.
Cresci.
Percebi a razão da tua existência e da tua importância na minha vida.
O que sou hoje, muito o devo a ti!
Nunca tive a oportunidade de to dizer mas penso que sabias o quanto eras importante para mim, por isso hoje te escrevo esta breve carta de agradecimento.
Avô, muito obrigado pela tua tua existência e por tudo o que me ensinaste!
Estarás sempre presente em toda a minha vida.

Impaciência

Acendo mais um cigarro.
Meu estado é impaciente
Enquanto conduzo meu carro.

Sinto meu corpo todo dormente,
Luto com a mente para me acalmar
E minha viagem seguir em frente.

Mas minha mente não quer parar!
São milhares de imagens por segundo
Que confundem minha forma de pensar.

Sinto-me num imenso mar profundo
Servindo de isco de um pescador
Que lançou seu anzol bem fundo.

É... É bem forte esta minha dor.
A impaciência não me deixa viver
Já não consigo a nada me impor.

Nem as cores consigo ver,
Nem sequer o brilho do Sol,
Apenas o cigarro me dá prazer

Nesta minha viagem tal um caracol.

Ser Livre

Em mim já nada mora
Sinto um vazio a toda a hora
Quero matar o que me devora
Num instante, sem demora
Se possível, agora...
Quero que vá embora
Saia daqui pra fora.
Minha alma cora
Meu coração ora
Já nada em mim ninguém adora
Todo o meu ser chora
Quero ser livre como outrora

Quero ser livre... Agora!

Existência

Os anos passam

A sabedoria cresce.

Para trás ficam memórias,

Histórias que nos florescem

Que connosco mexem.

Dão um novo significado

À nossa existência

Pela reverência,

Irreverência praticada.

Faz parte de nós

Doar algum significado

Faz parte de nós

Receber parte de vós.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Regresso a casa

Lançaste-te do Universo,
Uma luz intensa, cintilante
Avistei naquele instante
Por todo este mundo disperso.

Tal uma estrela cadente
À Terra vieste rumar
Para o mundo iluminar
Plantares tua semente.

Já é hora de partir,
A vida é uma passagem
Para casa tens que ir.

Regressar desta paragem
Que é de aplaudir
Teu sacrifício da viagem.

Pura Inocência

Teus olhos brilhantes,
Teu sorriso puro
São como estrelas cintilantes.

Iluminas todo o escuro,
Alegras toda a gente,
Derrubas o gigante muro.

Saras quem está doente
Com tua pura inocência,
Com teu sorriso cadente.

Contigo a palavra carência
Perde todo o seu valor
Pela tua doce essência,

Por todo o teu amor.

Sabedoria

Idade não é velhice,
Idade é sabedoria
Foi meu avô quem mo disse
E que um dia entenderia.

Idade não trás solidão,
Não é vergonha nem tristeza
Mesmo a precisar de uma mão
Nalgum momento de fraqueza.

A idade vai avançando
Da vida, ficam mazelas
aos poucos vai-nos matando,

Mas vivemos coisas belas,
Coisas que a vida nos vai ensinando
Coisas essas que pintamos em telas.

Ultrapassando tempestades

Na vida também é assim...

Ultrapassamos tempestades,

Derrubamos barreiras.

Ao fundo, avistamos a luz,

A felicidade.

Chegamos até lá...

De novo uma tempestade.

Mais uma viagem a realizar,

Mais uma barreira a derrubar.

Não desistir nunca!

Esta a frase a adoptar

A tempestade há-de passar...

Embriaguez de Felicidade

Jorre em ti felicidade,
Felicidade pura e real,
Contagiante e sensacional,
Talvez da tua tenra idade.

Tua alegria natural
Deixa-me embriagado
Num estado alterado
Com um sorriso monumental.

Neste estado de embriaguez
Esqueço toda a escuridão
Vivo como que p`la primeira vez.

Abro as portas do coração
Esqueço todos os "porquês"
Abraço-te com toda a paixão.

Lado a Lado

Navegamos lado a lado
Remamos no mesmo sentido
Em busca de um lugar sagrado.

O sol, já meio sumido
Emana raios neste rio
Sarando orgulho perdido,

Afasta de nós este frio,
Cala toda a nossa tristeza,
Devolve-nos algum brio.

Navegamos agora com firmeza
Rumo ao nosso doce cantinho.
A luz, vai bem acesa

Iluminando nosso caminho.

Florescer

Floresce...

Brota tua beleza

Tal cerejeiras em flor.

Floresce...

É de tua natureza,

Mostra toda a tua cor.

Floresce...

Floresce com firmeza

Mostra o teu esplendor.

Floresce,

Encanta-me,

Conquista-me,

Torna-me teu servo,

Teu seguidor.

Sê a minha princesa

E terás meu amor.

Cor

É tarde. O calor é ainda intenso. Procuro por algo, anseio por um pincel. Quero minha alma colorir e o aroma da tinta sentir. Imagino-me às voltas numa grande velocidade como que se estivesse num carrossel. Faço um esforço para sorrir. O perfume que vem da tinta assemelha-se a mel. Fecho os olhos e deixo-me fluir...
Vejo agora a minha alma cheia de cor. Uma cor bem viva a sobressair. Agora uma esplendorosa flor, que seu mel quero extrair. Volto a mim...
Sinto meus olhos lentamente a abrir, observo na minha mão esquerda um pingado pincel, constato que minha alma está a sorrir. Minha alma acabei de colorir.

Distante

Ao fundo, no horizonte
Vejo uma estrela brilhante
Esconde-se atrás de um monte.

Quero seguir seu brilho cintilante
Tê-la na palma da minha mão
Sentir o quão é tocante...

Miro-a com atenção.
Está deslumbrante!
Enche meu coração.

Quero tocar-lhe, mas está distante
Quero ter asas e poder voar
Quero por-me lá num instante.

Ai se eu te pudesse tocar
Antes de para o outro lado rumares
Poder tua poderosa beleza apreciar

Mesmo que atravessasse todos os mares...

Roda

Roda. A vida não pára.
Mexe-te. Luta por ti!
Mostra a tua cara,

Não fiques por aqui.
Roda, gira, rodopia,
A vida não anda sem ti.

Dança ao som desta melodia
Dança sem parar até cair
Até nascer um novo dia.

Roda. Não te deixes ruir,
Dança, alegra teu viver
Deixa teu coração abrir,

Nada deixes por fazer.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Espero

Entro na escura sala

O ambiente é de dor.

Ambiente que não me embala,

Ambiente de forte odor.

Da parede um "tic-tac" sai,

Um relógio sobressai.

Ouço o lamento "ai"

Alguém com uma dura dor

Dor que não vai,

Dor que ninguém cala.

Sento-me. Espero...

Agora ninguém fala...

Levanto-me. Desespero,

Tudo em mim cai.

Lutando

Choro. Sinto-me triste. A revolta procura apoderar-se de mim...Luto. Resisto com todas as minhas forças, desejando que a felicidade a mim retorne.
Agora nada me sai bem. Sinto-me a naufragar, a afundar-me neste imenso mar. Mar que parece não acabar.
A minha motivação parece desvanecer-se, tal um acamado prestes a morrer. Insisto. Não desisto desta minha luta. Uso todas as minhas forças para este fim não acontecer. Fraquejo. A minha mente assemelha-se a uma corrida louca e desgovernada. Pensamentos a mil à hora deslocam-se em várias direcções que se chocam constantemente. Ainda assim aguento. Não sei por quanto tempo...
Acredito ainda que irei vencer. Sairei desgastado, mas em simultâneo mais forte por vencer esta maldição que me vem afligindo o coração.

Tocando tua guitarra

Tocas tua guitarra
Que encanta e embala
Querias uma noite de farra
Pois hoje ninguém te cala.


A noite é de alegria
Sorrisos e gargalhadas
De união que há muito não se via
Ao som das tuas guitarradas.


Faz ecoar tua voz
Toca, canta, espalha magia
Que alegra todos nós
Até ao nascer do dia.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Triste Outono

As folhas caem, é Outono.
Olho em toda a minha volta
Procuro minha alma sem dono,
De onde vem toda esta revolta.

Sento-me. O banco está frio.
Levanto-me, vejo folhas a voar,
Sinto em mim um calafrio
Vozes dentro de mim a chorar.

De onde vem este vazio?
Esta ânsia de correr, fugir?
Meu estado é doentio...
Quero voar e depois cair.

Minha vida está por um fio.

Mãe

Mãe, à luz tu me deste
Numa cama do hospital.
Mãe, do teu ventre saí
Numa véspera de Carnaval.

Sofreste, choraste, gritaste,
Pegaste-me em teu regaço,
Olhaste-me com ternura
Com teus olhos de cansaço.

Nesse maravilhoso momento
Um choro enorme se fez ouvir,
Era eu a tentar querer-te dizer
O medo de para este mundo vir.

Mãe, deste-me afecto, calor
Mãe, sempre tiveste razão
Disseste que o tempo apaga a dor.

Mãe, contigo aprendi esta lição
Mãe, deste-me todo teu amor
Mãe, estarás sempre no meu coração!

Como uma criança

Um dia apresentaste-te ao mundo
Vinda através do ventre de tua mãe,
Que escutou teu grito profundo
E querendo-te dizer: Vem!

Cresceste. Agora és uma criança.
Sabes sorrir, correr e brincar,
És a voz da nossa esperança,
Aquela que tua mãe irá sempre amar.

Corre, vem-nos cantar uma canção,
Transformar alegria em lembrança
Para sempre no nosso coração.

Mas todos somos como uma criança.
Também precisamos quem nos dê a mão
Para connosco formar uma aliança.

Soneto de Mim

Como uma andorinha que voa sobre o mar
Assim sou eu leve como uma pena.
Abaixo dos cabelos minha não é pequena
E minha voz não serve para músicas cantar.

Doce e frágil como um gatinho que mia
Retribuo amor a quem me acarinha.
Pressinto muito o que se adivinha
E tento sacar a todos a sua antipatia.

Tento nunca sofrer por antecipação
Lutando diariamente com a minha mente.
Problema: incapacidade de dizer não.

Sigo aquilo que meu coração sente
Raramente pondo isso em questão
Enfrentando meus medos de frente.

Um poema, uma imagem

Este será o título do meu novo blogue onde irei transmitir aqui alguns dos meus pensamentos e alguns dos meus poemas sempre acompanhados de uma imagem.

Sejam bem-vindos!